quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Redução de estômago reduz impotência sexual ligada à obesidade

A impotência sexual que comumente ocorre em homens muito obesos pode
melhorar com a cirurgia de redução de estômago, segundo estudo publicado no
Journal of the American College of Surgeons.

Avaliando 97 obesos mórbidos que sofriam de disfunção sexual, pesquisadores
americanos notaram que, após uma perda de peso significativa (2/3 do
excesso de peso, em média) com a cirurgia de redução de estômago, os
participantes apresentavam melhoras consideráveis na função sexual.

Os autores destacam que os obesos mórbidos têm o mesmo grau de disfunção
sexual de um homem não-obeso que têm 20 anos a mais; mas "a função sexual
melhora substancialmente após a cirurgia de gastroplastia".

Os especialistas pretendem, agora, avaliar a função sexual feminina e
investigar os mecanismos da disfunção sexual relacionada à obesidade.

Fonte: boa saúde blog

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Dicas de nutricionista

A nutricionista de Marcus, Sabrina Formolo, de Caxias do Sul, está
colaborando com o blog. No texto abaixo, ela explica a importância dos
cuidados com a alimentação após a cirurgia bariátrica.

"O acompanhamento pré e pós-operatório associa o suporte psicológico e nutricional e são fundamentais para o sucesso a longo prazo. O trabalho
multiprofissional tem por objetivo conduzir o paciente ao encontro do seu bem estar físico e emocional. A cirurgia tem ser entendida apenas uma etapa
importante ou uma ferramenta e não como a essência do tratamento da obesidade.

A cirurgia bariátrica não modifica a vontade de comer nem a quantidade a que o paciente estava acostumado a se servir, portanto a compreensão das
mudanças que ocorrerão nas rotinas e vida só é atingida pelo o trabalho de esclarecimento e conscientização. Para a nutrição a cirurgia bariátrica
nada mais é que uma desnutrição programada, então é essencial o comprometimento do paciente na escolha dos alimentos para prevenção das carências
nutricionais. E para tanto, a rigorosa seleção dos alimentos é indispensál para o sucesso do seu tratamento.

Para que a perda de peso seja equilibrada e efetiva não somente a escolha alimentar (alimentos que contenham nutrientes adequados) se faz necessária,
mas também atividade física deve ser mais um passo em direção a uma nova postura. Então devemos ver a cirurgia como uma nova oportunidade para
incorporar novos hábitos de vida.

Em uma técnica mista como no caso do Bay Pass Gástrico (restrição e disabsorção) a principal mudança na alimentação após a cirurgia é uma diminuição
importante na quantidade de alimentos devido à diminuição do volume gástrico (restrição). Além da diminuição do estômago, é feita uma conexão direta
entre o estômago e a parte mais baixa do intestino delgado, com isso diminui a absorção de parte do alimento ingerido. Assim como o alimento, também
temos diminuído a absorção para algumas vitaminas e minerais específicos. Por isso, o pouco de alimento que estamos ofertando para o organismo tem que
ser de alta qualidade para que possamos absorver o máximo de nutrientes por meio de alimentos."

Número de obesos ultrapassa o de pessoas com sobrepeso

O número de adultos americanos obesos já ultrapassa o daqueles que estão
simplesmente com sobrepeso.

Segundo os últimos dados divulgados pelo NCHS (National Center for Health Statistics), dos EUA, mais de 34% da população adulta é obesa, enquanto
32,7% estão acima do peso. Pouco menos de 6% são considerados 'extremamente' obesos.

Os números, os mais recentes disponíveis, são de 2005 e 2006 e se baseiam em uma pesquisa feita com 4.356 pessoas com mais de 20 anos de idade.

De acordo com o relatório do NCHS, enquanto a prevalência de obesidade mais do que dobrou desde 1980, a de sobrepeso se manteve estável. O órgão
afirma que o índice encontrado de um terço de adultos obesos corresponde a mais de 72 milhões de pessoas.

A obesidade e o sobrepeso foram calculados usando o IMC (índice de massa corporal), resultado do peso em quilos dividido pela altura em metros ao
quadrado.

Pessoas com IMC de 25 a 29 são classificadas como acima do peso, enquanto as que atingem de 30 a 40 são obesas. Quem ultrapassa os 40 pontos de IMC é
considerado obeso mórbido.

O sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de doenças cardíacas, diabetes, artrite e outros problemas.

Pesquisa reforça papel de gene 'vilão' da obesidade

Uma nova pesquisa realizada por cientistas britânicos reforça o papel de um
gene, o FTO, como o "vilão" da obesidade.

No estudo, divulgado na publicação científica Journal of Obesity, os cientistas ofereceram a 131 crianças com idade de quatro ou cinco anos um prato
de biscoitos salgados e doces uma hora depois de uma refeição completa.

Os resultados indicam que as crianças com uma ou duas variantes do FTO eram mais propensas a comer os biscoitos, apesar de possivelmente estarem
saciadas pelos alimentos ingeridos na refeição.

"Acreditamos que nossa pesquisa esclarece um pouco mais sobre como algumas crianças respondem melhor aos sinais dados pelo corpo quando já estão
saciadas", disse Jane Wardle, autora do estudo.

Segundo ela, a pesquisa sugere que algumas crianças não sabem quando parar de comer, o que pode levar à obesidade e causar problemas de saúde.

"Saber mais sobre os genes é o primeiro passo para reduzir esses efeitos negativos", afirmou.

Saúde

Os pesquisadores da University College (UCL), em Londres, já realizaram antes estudos sobre a relação entre o gene e a obesidade.

Em uma pesquisa publicada em julho de 2008, os cientistas sugeriram que crianças com duas cópias do FTO têm mais dificuldades de saber a hora de parar
de comer.

Além disso, em novembro, pesquisadores da Universidade de Dundee, na Escócia, publicaram um estudo no qual indicam que uma variante do gene que está
presente em 63% da população influencia os hábitos alimentares de uma pessoa fazendo com que ela consuma alimentos mais calóricos.

A obesidade está relacionada a diversos problemas de saúde, como doenças cardíacas, diabetes e vários tipos de câncer.

Estimativas sugerem que cerca de 25% das mortes causadas por câncer são relacionadas à obesidade e a dietas pobres.

Sara Hiom, porta-voz da ONG britânica Cancer Research UK, que trabalha com pesquisas sobre a doença, alerta, no entanto, que nem todas as crianças que
possuem uma ou duas variantes do gene FTO irão comer em excesso.

"Outros fatores são importantes também, como os hábitos alimentares dois pais e o tipo de comida disponível em casa", disse.