quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Cirurgia de obesidade: menos quilos e mais anos

Apesar dos riscos envolvidos no procedimento, ele ainda seria mais vantajoso que outras estratégias para emagrecer

Cirurgia bariátrica gera perda de peso rápida
Indivíduos obesos podem ganhar mais anos de vida ao reduzir drasticamente o peso por meio da cirurgia bariátrica. A constatação vem de uma nova revisão de ensaios clínicos de procedimentos de bypass gástrico e banda gástrica.

Pesquisadores italianos descobriram que passar por um dos dois tipos de cirurgia reduz as chances de morte do paciente em quase que pela metade durante um período médio de estudo de sete a oito anos.

A cirurgia bariátrica pode produzir uma redução prolongada do peso corporal, em níveis muito difíceis de serem alcançados com outras estratégias mais comuns de perda de peso, afirma o médico Luca Busetto, da Universidade de Padova, na Itália.

Isso pode salvar vidas, já que os riscos de morte dos obesos mórbidos são de duas a três vezes maiores, principalmente por problemas de saúde relacionados à obesidade – como o diabetes e a hipertensão – complementou Busetto, que não participou da revisão, mas conduziu um dos estudos incluídos.

Segundo dados da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, cerca de 220 mil americanos passaram por algum tipo de cirurgia de redução de peso em 2009. Tais procedimentos custam entre US$14 mil e US$26 mil, sendo que a opção pelo bypass é um pouco mais cara que pela banda gástrica.

Na cirurgia de bypass gástrico, o estômago do paciente é reduzido do tamanho de uma bola de futebol para o tamanho de uma bola de golfe. O estômago reduzido é então atado ao meio do intestino delgado, fazendo um “atalho” no trato intestinal e assim limitando a absorção calórica.

Já na cirurgia de banda gástrica, o cirurgião introduz uma banda de silicone preenchida com solução salina ao redor da parte superior do estômago, o que deixa o paciente com sensação de saciedade mais rápida. A solução salina pode ser adicionada ou removida, tornando a compressão ajustável.

Para ajudar médicos e pacientes a optarem pela melhor estratégia, o médico Antônio Pontiroli e seu colega Alberto Morabito, ambos da Universidade de Milão, analisaram trabalhos publicados sobre os dois tipos de cirurgia. Eles identificaram oito ensaios diferentes, que incluíam, em média, sete anos e meio de acompanhamento de um total de mais de 44 mil homens e mulheres.

Cerca de 14 mil participantes passaram por cirurgia bariátrica e o restante fez parte do grupo-controle para efeitos comparativos. Os pesquisadores computaram cerca de 3.300 óbitos ao longo dos estudos: 2,8% daqueles que passaram por cirurgia bariátrica e 9,7% entre pacientes semelhantes que não passaram pela cirurgia.

Os dados representaram uma redução das chances de morte por cirurgia bariátrica de 45%. Um benefício semelhante foi encontrado quando a equipe analisou mortes relacionadas especificamente ao coração.

No geral, os índices de mortes foram comparáveis a aproximadamente 10 mil cirurgias de banda gástrica e 4 mil de bypass gástrico, embora os efeitos protetores sobre mortes relacionadas ao coração tenham sido diferentes.

Em comparação ao grupo-controle, a banda gástrica apresentou chances 29% mais baixas de mortes relacionadas ao coração contra a redução de 52% dos riscos no caso do bypass. Os dados foram relatados pela equipe de pesquisa no Annals of Surgery.

Busetto observou que o bypass gástrico geralmente oferece “perda de peso maior e mais rápida” do que a outra opção. Em contrapartida, o bypass é irreversível e oferece chances maiores de complicações graves e mesmo de morte relacionada à cirurgia. Estes riscos, porém, ainda são muito pequenos: cerca de um em cada mil pacientes morre durante uma cirurgia de bypass gástrico.

Além disso, mesmo que os dois tipos de cirurgia possam sair mais caro que outros tratamentos em curto prazo, Busetto diz: “A perda de peso conseguida com a cirurgia bariátrica pode também representar uma economia de dinheiro com o passar do tempo”.

Depois de reduções drásticas de peso, os pacientes costumam constatar que precisam de menos remédios para tratar os problemas relacionados à obesidade, além de faltarem menos no trabalho por motivo de doença.

Para quem está pensando em passar por uma cirurgia bariátrica, Busetto recomenda que, antes de optar por um dos tipos, o interessado deve procure um centro médico onde as duas cirurgias possam ser realizadas para garantir uma discussão honesta dos prós e contras de cada um dos procedimentos em curto e em longo prazo.

“Os pacientes devem estar cientes que a cirurgia bariátrica é altamente eficaz, mais não é uma pílula mágica. Ainda existem fracassos e complicações”, disse ele.

* Por Lynne Peeples

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Número de cirurgias bariátricas no Brasil cresce 500% em dez anos

O numero de cirurgias bariatricas no Brasil registrou um grande crescimento
na ultima decada. O procedimento, indicado no tratamento da obesidade morbida, foi realizado 5 mil vezes em 1999. Ja no ano de 2009 foram realizadas 30 mil cirurgias no país, um aumento de 500% na última década.

Esse crescimento coloca o Brasil na segunda posição do ranking mundial de cirurgias bariátricas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que realiza anualmente 300 mil procedimentos por ano. "O grande crescimento nos números de cirurgia bariátrica no Brasil está relacionado ao crescimento da população obesa no país e ao reconhecimento que é um procedimento seguro e eficaz no tratamento da doença", destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Dr. Thomas Szego, que coordena a partir do dia 16 de novembro o Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, que será realizado em Bonito - MS. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade já atinge
mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, pelo menos 3,5 milhões de pessoas estão em estado de obesidade mórbida, ou seja, estão com pelo menos 40 quilos acima do peso corporal ideal.

A diminuição do tamanho do estômago para perda de peso é recomendada quando o índice de massa corporal (IMC) é maior que 40kg/m² em pessoas com idade superior a 18 anos, seja homem ou mulher. O procedimento pode ser recomendado, ainda, se o IMC estiver entre 35kg/m² e 40kg/m² e o paciente em questão tiver diabetes, hipertensão arterial, apnéia do sono, hérnia de disco ou outras doenças associadas à obesidade. "Nos casos que o IMC do paciente fica entre 30 e 35 é preciso uma avaliação prévia e individualizada para ver se realmente a cirurgia bariátrica é recomendável.

A cirurgia bariátrica é a última opção para o paciente que já tentou, sem sucesso, reduzir peso por métodos tradicionais", diz Dr. Thomas. A cirurgia, porém, não garante a redução de peso em definitivo. O paciente precisa fazer uma adaptação a sua nova realidade e contar com acompanhamento de profissionais da saúde para se adaptar a sua nova rotina.

No geral, depois de três anos 10% dos pacientes começam a engordar novamente, por não adotar um novo estilo de vida saudável. O paciente necessita de um acompanhamento contínuo porque a mudança na dieta e nos
hábitos de vida, necessários após a operação, é o que garante a saúde do paciente e a o sucesso na eliminação de quilos", ressalta Dr. Thomas.

Benefícios no controle do Diabetes tipo 2

Três tipos de cirurgia se mostram eficientes no controle do diabetes tipo 2
e por isso são conhecidas como Cirurgia do Diabetes: o by-pass gastrojejunal e as derivações bilio-pancreáticas (scopinaro e "duodenal switch"). As três técnicas criam um atalho para o alimento, que é desviado do duodeno e chega antes à parte final do intestino. Esse desvio altera a secreção de alguns hormônios intestinais, como o GLP-1, cujo aumento
estimula a produção de insulina, resultando na melhora ou até mesmo no
controle do diabetes tipo 2.
Os bons resultados da cirurgia para o controle do diabetes tipo 2 devem-se, basicamente, a dois fatores: a perda de peso do paciente e principalmente a
alteração hormonal. "A Cirurgia do Diabetes melhora a sensibilidade à insulina nos pacientes e a habilidade do corpo de aproveitar a glicose na
corrente sanguínea. A sensibilidade à insulina é prejudicada em pessoas com diabetes tipo 2, resultando no acúmulo de açúcar no sangue. O procedimento representou 25% das 30 mil cirurgias bariátricas realizadas em 2009", destaca Dr. Thomas.

Levantamento realizado pela SBCBM analisou a eficácia da Cirurgia do
Diabetes em pacientes obesos com diabetes tipo 2 operados em 2009. Dos
7.500 pacientes que se submeteram ao procedimento no ano passado, 90%
tiveram a cura total da doença ou conseguiram reduzir o uso de
medicamentos, como a aplicação de insulina.

Congresso  Brasileiro de Cirurgia Bariática e Metabólica e Congresso Pan-americano de Cirurgia do Diabetes tipo 2

Entre os dias 17 e 20 de novembro será realizada a XII edição do Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e o II Congresso
Pan-americano de Cirurgia do Diabetes tipo 2.  O Centro de Convenções de Bonito, no Mato Grosso do Sul, será palco de importantes debates e
apresentações de trabalhos científicos sobre obesidade e diabetes, doenças que atingem milhões de pessoas no mundo.
Além de contar com a participação de grandes profissionais brasileiros, os congressos terão também a presença de diversas autoridades médicas internacionais que participarão do evento com o intuito de discutir as melhores alternativas e as novidades no combate às doenças. "Acreditamos que o crescente sucesso nos procedimentos bariátricos deve-se aos profissionais que atuam de forma integrada. Para manter o alto padrão,
recomenda-se capacitação constante e atualização de novas técnicas. A diversidade de conhecimento, experiências e habilidades será a sinergia que resultará em avanços importantes para a comunidade médica, e, sobretudo valorizando a contribuição individual de cada especialista dentro da cirurgia bariátrica e metabólica", destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Dr. Thomas Szego.

Fonte: Correio da Tarde

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Predisposição genética para obesidade é mito, segundo cientistas

Cientistas descobriram que as pessoas pode fazer exercícios e queimar 40% do peso extra relacionado à genética. A informação, publicada na revista PLoS Medicine, saiu no site do jornal britânico "Telegraph".

Embora algumas pessoas tenham mais propensão a ter excesso de peso ou mesmo obesidade, estudiosos do Medical Research Council's Epidemiology Unit, em Cambridge, descobriram que ter um estilo de vida ativo pode ajudar no combate contra a herança genética de uma pessoa.

Os pesquisadores tiraram suas conclusões após analisar os genes de mais de 20.000 homens e mulheres com idade entre 39 e 79 anos, olhando para 12 marcadores genéticos conhecidos por aumentar o IMC (índice de massa corporal) e o risco de obesidade.

Com isso, calcularam a "classificação" da predisposição genética para cada pessoa.

Depois, pediram aos participantes para preencher um questionário sobre os níveis de atividade física no trabalho e em outros lugares.

"Os resultados desafiam o mito popular de que a obesidade é inevitável se ocorre na família e podem orientar futuros tratamentos para combatê-la", concluíram os cientistas.

Segundo a líder do estudo Ruth Loos, do MRC, "a pesquisa mostra que mesmo aqueles que têm maior predisposição genética para desenvolver obesidade podem melhorar sua saúde, praticando algum tipo de atividade física diária".

"As pessoas não têm que correr maratonas para sentirem a diferença; passear com o cachorro ou trabalhando no jardim é suficiente. Isso mostra que não somos completos escravos da nossa constituição genética e que podemos fazer uma grande diferença para nossa saúde futura, alterando nosso comportamento.", acrescentou.

Fonte: Folha.com

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Twitter de Dr. Reynaldo

Pessoal,

O Twitter de Dr. reynaldo é http://twitter.com/reynaldoquinino.

Sigam é bem interessante e recomendo.

A circunferência do pescoço pode ajudar no diagnóstcio da obesidade e de outras doenças

Segundo publicação na revista “Pediatrics” o departamento de Endocrinologia Pediátrica da Universidade de Michigan realizou um estudo que pode comprovar que a medida da circunferência do pescoço de crianças pode ajudar a prever o risco de obesidade.



A circunferência do pescoço já é considerada uma forma de mensurar o risco para patologias como apneia do sono, diabetes e hipertensão, além de ter correlação positiva com o IMC em adultos.



O objetivo da pesquisa, em crianças de 6 a 18 anos, foi avaliar se para elas também fica evidente a correlação entre IMC com a circunferência do pescoço e, identificar, quais as medidas desta circunferência que equivalem a um IMC elevado.



A pesquisa apresentou como resultado os seguintes valores: a medida da circunferência do pescoço indicativa de IMC alto variou de 28,5 a 39,0 cm em meninos e em meninas de 27,0 a 34,6 cm nas crianças envolvidas no estudo. Tal resultado confirma que esta técnica pode ser uma opção a mais, para a triagem e prevenção do sobrepeso e obesidade em crianças. É uma técnica simples e não exige a retirada das roupas para a medição, como é necessário nas medidas de cintura e quadril.



A única ressalva para esta técnica são os casos de indivíduos que apresentam maior proporção de gordura abaixo da cintura, fato que pode tornar a medida não tão fidedigna, diz Amélio Godoy Matos, professor da PUC-RJ e membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. O que ele sugere nestas situações, é uma análise que inclua também as medidas de cintura e quadril complementando as informações necessárias para um possível diagnóstico.

Fonte: http://www.expressomt.com.br

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Comparativo

Pessoal,

Diversas vezes sou questionado de como eu era antes da cirurgia, tanto no aspecto psicologico, como queriam ver fotos.

O que posso dizer é que quando se é obeso, se procura sempre se agradar as pessoas, mesmo que isso venha a trazer mal a si proprio. Procurava estravasar como extrovertido, por tras disso creio que existia uma pessoa frustada e infeliz.

Com o tempo eu fiz uma analise em 360º e vejo o quanto passei por mudanças ao longo desse periodo.

Bom, mas vamos as fotos:





Esse era eu antes da cirurgia.





E esse é o novo Odir. Com a amada, fazendo aulas de dança. Enfim sendo Feliz!

Um Abraço a todos!