sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Obesas têm dez vezes mais chances de sofrer ataques do coração do que homens

Um estudo realizado pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo afirmou que mulheres obesas e hipertensas têm dez vezes mais chances de sofrer ataques cardíacos do que homens nas mesmas condições. A pesquisa, desenvolvida no hospital estadual Dante Pazzanese, ainda apontou que tanto homens quanto mulheres fora de peso correm nove vezes mais chances de terem um evento cardiovascular do que os pré-obesos. Os pacientes hipertensos também estão predispostos a complicações cardíacas.

MAIS INFORMAÇÕES

O levantamento acompanhou 1.304 pessoas, 450 homens e 854 mulheres, e analisou a bioestatística dos pacientes por meio de cálculos matemáticos, resolvidos por um computador. A avaliação, no início do tratamento, incluiu peso, estatura e circunferência abdominal, além da análise dos fatores de risco cardiovascular, como colesterol e hipertensão.

De acordo com o médico nutrólogo Daniel Magnoni, envolvido na pesquisa, "esse estudo reflete que a alimentação inadequada desses pacientes, rica em açúcares, gordura e sódio, pode ser a fonte primária para a elevação do risco cardiovascular, causando obesidade e hipertensão; por isso a mudança dos hábitos alimentares é fundamental para a prevenção desses problemas”.

Fonte: veja.com.br

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O pós-operatório da cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica é uma das formas de maior sucesso para combater os casos de obesidade mórbida. Mas tem um período pós-operatório rígido, em que o paciente deve seguir todas as orientações à risca. Uma operação é coisa séria, falta de cuidado na recuperação pode ter problemas graves.

O primeiro passo é traçar junto com uma nutricionista uma dieta apropriada para o paciente, atendendo às suas necessidades orgânicas diárias. Também é importante a presença de um profissional da Psicologia, pois a pessoa tem que enfrentar uma mudança brusca em seus hábitos, o que pode respingar nas relações sociais e na parte emocional.

Seguir o plano de alimentação traçado é imprescindível. O estômago está extremamente sensível neste momento e qualquer coisa pode afetá-lo seriamente. Da mesma forma, evite alimentos sólidos, enquanto o médico não autorizar, mantenha a dieta de líquidos rigorosamente. Dê tempo para o organismo se fortalecer.

Alguns sintomas devem ser sempre investigados. Se o paciente apresentar febre, deve procurar o médico para saber o que está ocorrendo. Da mesma forma quem vomita muito, não consegue comer nada sólido – após a liberação do especialista – não pode achar que isso é normal. A falta de uma digestão correta e completa leva a graves casos de desnutrição, com repercussão imediata ou futura sobre a saúde.

É importante também não mexer no dreno instalado, pois é o mecanismo de monitorar o estomago reduzido diagnosticando complicações precoces. Se ele sair do lugar, corra para o hospital imediatamente. Não tente arrumar as coisas por conta própria, isso pode gerar um retardo no diagnostico de as coisas não estão indo bem.

Esses são apenas alguns pontos que devem ser lembrados para evitar que mais pacientes tenham de voltar para o hospital por causa de descuidos tão simples. Caso sinta que há algo errado, nunca deixar de consultar o médico, seja sério ou não. Ele está lá para ajudar, sempre e é o melhor amigo nessas horas.

Fonte: http://www.paranashop.com.br

domingo, 11 de outubro de 2009

Redução de estômago é método eficiente para tratar a obesidade

Cirurgia de redução de estômago é método eficiente para tratar obesidade A obesidade é classificada como a segunda causa de morte no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2015 teremos aproximadamente 2,3 bilhões de adultos acima do peso e 70 milhões com distúrbio alimentar.

Hoje em dia, uma grande parte da população mundial enfrenta problemas de saúde decorrentes da incapacidade de perder peso. Quando se sofre de obesidade surgem problemas como hipertensão arterial, colesterol alto, diabetes, câncer de mama, câncer colorretal, artrite, além de uma longa lista de doenças que tornam a vida bem mais difícil.

Segundo um artigo da Organização Panamericana de Saúde publicado na edição de maio de 2003 do Pan American Journal of Public Health, na América Latina, quase 30% dos adultos são obesos. Nos Estados Unidos, 65% da população norte-americana está acima do peso e 34% é considerada obesa. A cada ano, são gastos 33 trilhões de dólares em produtos específicos para a redução de peso.

A equipe de especialistas em cirurgia bariátrica (redução de estômago) da Clínica Mayo em Jacksonville, Flórida, ajudou diversas pessoas que sofriam de obesidade extrema, conquistando excelentes resultados, em que 70% dos pacientes mantiveram um peso baixo a longo prazo. O doutor Scott Lynch, especialista bariátrico da Clínica Mayo em Jacksonville, Flórida, fala a seguir sobre esse tipo de cirurgia para a redução de peso.

Quem pode candidatar-se a uma cirurgia bariátrica para perder peso?
A obesidade é definida como a acumulação de gordura que resulta na deterioração das funções do organismo, levando, muitas vezes, à morte. A maior parte das pessoas que se submete a uma cirurgia bariátrica sofre de obesidade mórbida, o que, na maioria dos casos, significa um índice de massa corporal de 40 ou mais, ou superior a 35, com outros problemas de saúde como diabetes, apnéia do sono ou doença cardíaca, o que os coloca dentro de um maior risco de morte prematura.

O que leva alguém a passar do excesso de peso à obesidade?
Cada caso é um caso. Uma pessoa é considerada obesa se seu índice de massa corporal (IMC) é superior a 30. Por exemplo, se um indivíduo tem uma estatura de 1,70 m e pesa cerca de 87 quilos, seu IMC é de 30,1 e sua situação é de excesso de peso. O IMC é um índice individual, baseado no peso e na estatura, que permite calcular a gordura corporal e os riscos possíveis à saúde. Quem apresenta um IMC de 25 a 29 é considerado com excesso de peso; com um IMC de 30 ou mais é considerado obeso. Calcular o IMC é bem simples, e na internet podem ser encontradas muitas formas de calculá-lo gratuitamente. Basta dividir o peso da pessoa pela sua estatura em metros ao quadrado. IMC = (87 kg ÷ 1,70 ÷ 1,70 = IMC de 30,1). No entanto, o risco de cada paciente nem sempre é estimado de forma exata pelo IMC.

Quando a obesidade pode levar à morte?
Há uma relação direta entre a taxa de mortalidade e o IMC. As condições de risco mais comuns para as pessoas obesas são os problemas cardiovasculares e o diabetes. Mas a obesidade complica muitas outras situações e restringe opções de tratamento em muitos casos. Depois de perder peso, as taxas de mortalidade se reduzem a níveis quase idênticos aos de pessoas com IMC normal.

Que outros tratamentos estão disponíveis para reduzir o peso por questões de saúde?
Dieta, exercício, mudança de hábitos, substituição de alimentos sólidos por líquidos e medicação, dependendo das necessidades da pessoa e da urgência na perda de peso para evitar problemas de saúde sérios.

Como os médicos decidem sobre qual tratamento é o melhor e quando recomendar a cirurgia?
Depois de uma avaliação exaustiva, o primeiro passo para lidar com o problema é geralmente a mudança de dieta aliada à prescrição de exercícios. Um princípio essencial de nossa abordagem é a mudança de hábitos, para a qual nossa equipe de médicos, nutricionistas e de psicólogos clínicos ajuda os pacientes a determinar metas razoáveis, a aprender a se autocontrolar e a lidar com estados de ânimo negativos e estresse.

Se essa abordagem do problema não é suficiente, então recomendamos medicamentos para diminuir o apetite ou para tratar alterações de humor, dependendo das necessidades de cada pessoa. Se um paciente precisa de um tratamento médico intensivo, podemos oferecer-lhe um programa de substituição de alimentos sólidos por líquidos, com supervisão médica, para perda rápida de peso.

Como se realiza a cirurgia bariátrica?
Dependendo das necessidades de cada pessoa, os cirurgiões aplicam a técnica do bypass gástrico ou a técnica da banda gástrica ajustável.

Com o bypass gástrico em Y de Roux, o tamanho do estômago é reduzido, criando uma bolsa muito pequena (similar ao tamanho de um ovo) na parte superior do estômago. A nova disposição dos intestinos forma um "Y"; daí o nome "Y de Roux". Roux foi o primeiro cirurgião que realizou uma cirurgia gastrointestinal, que tem como resultado um desvio dos intestinos em forma de "Y". O procedimento se denomina ¿derivação gástrica¿, ou bypass gástrico porque com ele se cria um desvio para enviar parte dos alimentos diretamente ao intestino, sem passar pelo estômago.

Com a técnica de banda LAP ou banda gástrica ajustável na cirurgia laparoscópica cria-se também uma bolsa na parte superior do estômago. Uma faixa inflável é colocada ao redor da parte superior do estômago. A faixa é conectada a um pequeno reservatório sob a pele do paciente. A faixa vai se ajustando gradualmente por meio do reservatório durante os vários meses seguintes à operação, para dividir o estômago em dois compartimentos; uma bolsa pequena em cima e uma bolsa maior embaixo.

Como é a preparação do paciente para a cirurgia?
Cada paciente passa por uma avaliação médica, nutricional e psicológica completa para determinar se é um bom candidato para a cirurgia bariátrica e o que é necessário para ajudá-lo a maximizar os benefícios da cirurgia. Depois da avaliação, uma equipe do Centro Bariátrico se reúne com o paciente para discutir os requisitos pré-cirúrgicos e programar visitas periódicas para ajudá-lo a alcançar metas definidas. Além disso, para estar apto a uma cirurgia de derivação gástrica, um paciente deve ter um IMC inferior a 55, e para estar apto para a técnica com banda gástrica ajustável, deve pesar menos de 230 quilos. Depois de cumprir os requisitos, o paciente deve se reunir com um nutricionista para planejar as mudanças em sua dieta depois da operação.

Quais são os procedimentos pós-operatórios?
Depois da cirurgia, os pacientes começam a tomar suplementos alimentares e vão avançando lentamente na dieta, da ingestão de líquidos a uma dieta normal no período de dois meses, de acordo com o que estabelecer o nutricionista. Alguns pacientes avançam mais rápido e outros mais lentamente. Um mês depois, eles se reúnem com o cirurgião e com o nutricionista.

Em dois meses, o paciente se encontra com o médico bariatra e com o nutricionista. Depois, deve voltar a consultar-se com o médico bariatra e com o nutricionista nos 6 e 12 meses de pós-operatório.

Para aqueles que receberam a banda gástrica, a consulta com o bariatra e com o nutricionista é mensal durante um ano. No decorrer dessas visitas, todos os pacientes se submetem a exames para descartar possíveis complicações e para confirmar a adesão ao tratamento dietético. Os encontros adicionais podem ser programados segundo as necessidades de cada pessoa.

Fonte: Terra saúde

Reportagem RNTV - Dia Mundial de Combate a obesidade

Conforme prometido a reportagem gravada no Parque da Dunas, sobre a 1ª Caminhada de concientização sobre a obesidade.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Breve: reportagem do RN TV sobre o dia de combate a obesidade!

Pessoal, estou editando e em breve estarei postando a reportagem que foi ao ar hoje dia 09/10/2009.

Saiu o site do Baros - Grupo de Obesidade.

Visite para maiores informações o site da equipe do Baros, clicando nas imagens abaixo.




Dia Internacional de Combate a Obesidade

O Dia Internacional de Combate à Obesidade, tem como objetivo incentivar as pessoas a terem uma alimentação saudável, prevenindo doenças, como a obesidade e doenças relacionadas, pois a cada ano que passa aumenta mais o número de pessoas obesas.

Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar 2002-2003 (POF), a obesidade afeta 8,9% dos homens adultos e 13,1% das mulheres adultas.


A prevalência do excesso de peso e da obesidade na população adulta brasileira chega a 40% e nos mostra que este problema alcança grande expressão em todas as regiões do país, no meio urbano e rural e em todas as classes sociais.
“O Dia Internacional de Combate à Obesidade, tem como objetivo incentivar as pessoas a terem uma alimentação saudável”


No período de 1989 a 1997 houve um aumento de 4,1% para 13,9% em crianças e adolescentes brasileiros de 6 a 18 anos com excesso de peso.

Mas será que existe um vilão que faz com que estes números aumentem a cada ano? A obesidade pode acontecer a partir de fatores genéticos, fisiológicos, mas principalmente devido ao sedentarismo, alimentação inadequada e problemas emocionais.

Ressaltando em especial à alimentação, podemos destacar que as pessoas estão cada vez mais se alimentando de forma errônea, desbalanceada. Com a correria do dia a dia, as pessoas procuram cada vez mais por praticidade e não por qualidade, consumindo muitos alimentos industrializados e prejudicando a sua própria saúde.

A mídia, as propagandas influenciam de uma certa forma as pessoas, contribuindo para uma cultura alimentar do que é prazeroso e não do que é saudável.

Alguns estudos nos mostram que crianças e adolescentes ficam de 3 a 4 horas diárias em frente da TV, tempo suficiente para o incentivo ao consumo de alimentos industrializados, além de contribuir para o sedentarismo.

Talvez estes sejam os possíveis motivos que contribuem para que a obesidade esteja se tornando realmente um problema de saúde pública.

Não podemos esquecer, que a pessoa obesa está sujeita a adquirir outras doenças, como a síndrome metabólica, que é o conjunto de três ou mais doenças associadas, como resistência à insulina, hipertensão arterial, intolerância à glicose, colesterol elevado, redução do HDL (colesterol bom) e aumento do LDL (colesterol ruim).

Por estes dados apresentados, que todos devem começar já a mudar o estilo de vida que até hoje estão levando.

Diga não ao sedentarismo. Pratique atividade física regularmente, aumente o consumo de frutas, verduras e legumes. Diminua o consumo de gorduras, frituras em geral, doces, refrigerantes, produtos industrializados, etc. E o mais importante, coma na quantidade certa.

Comece você mesmo a modificar os seus hábitos alimentares, incentive as pessoas a sua volta, dessa forma você estará contribuindo para um país mais saudável!

Fonte: Cyberdiet.com.br

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Nó no estômago

Boa notícia para os obesos: nova técnica de cirurgia bariátrica,
ainda em fase de experiência, pode fazer emagrecer com
menos riscos e menos sacrifício


Suzana Villaverde

Arturo Rodriguez/AP



Para as pessoas realmente obesas, as opções são duras: enfrentar a variedade de doenças quase sempre associadas a quem está várias dezenas de quilos acima do peso desejado ou cortar, literalmente, o estômago. Chamada de cirurgia bariátrica por derivação gástrica, a operação reduz o estômago a um pedaço mínimo diretamente ligado à porção média do intestino e pode ter uma série de complicações. As mais comuns são fístulas, hemorragias e embolia pulmonar, num primeiro momento; infecções, aderências intestinais e anemia, posteriormente. Em razão da multiplicidade de riscos do método tradicional, vem sendo bem recebida como opção menos arriscada uma técnica nova, a gastrectomia vertical, que tira um pedaço menor do estômago e mantém todas as suas conexões originais, sem desvios nem atalhos. "Por ser nova e ainda pouco testada, essa cirurgia por enquanto é recomendada só para obesos anêmicos, que tenham deficiência de cálcio e vitaminas, e também para os muito jovens ou muito idosos, que precisam receber todos os nutrientes", explica Thomas Szegö, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). À medida que for passando pelo teste da prática, a técnica poderá se tornar dominante.

Na versão hoje mais comum da derivação gástrica, chamada de cirurgia de Fobi-Capella, realizada em cerca de 75% dos casos, a redução chega a alcançar 95% do estômago. A pequena parte que continua funcional – situada justamente no ponto de menor elasticidade – é ligada à porção média do intestino. Por causa desse atalho, a absorção dos nutrientes diminui drasticamente. A parte isolada do estômago continua produzindo suco gástrico, que é eliminado pelas vias normais, e não precisa ser removida. Já a gastrectomia vertical não altera o caminho seguido pelos alimentos, mas elimina a porção ociosa do estômago. Essa parte, equivalente a cerca de 80% do estômago, é cortada e retirada – o que torna a cirurgia, evidentemente, irreversível. "O que sobra é grampeado. Como o corte é feito ao longo do estômago, ele vira um tubo gástrico que segue do esôfago ao duodeno, na sua sequência normal", diz Szegö. A cirurgia pode ser feita por laparoscopia, às vezes com um corte de 2 centímetros na altura do umbigo, contra 6 da operação tradicional. O tempo de internação diminui para dois dias e a dieta é menos restritiva – e todo mundo já ouviu histórias sobre o sofrimento, e os abusos, de obesos operados que só podem comer porções de passarinho. Ainda não reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, mas regulamentada pela Sociedade desde julho, a nova técnica parece ser tão eficiente quanto a derivação gástrica. A cirurgia bariátrica de qualquer tipo é indicada para obesos mórbidos cujo índice de massa corpórea (IMC) esteja acima de 40 ou na faixa de 35 no caso de pessoas que sofrem de doenças associadas ao peso excessivo, como diabetes ou hipertensão.

Como acontece com frequência na medicina, a eficiência da gastrectomia vertical foi descoberta por acaso. Praticada há cerca de trinta anos como parte inicial de um procedimento mais complexo recomendado principalmente em casos extremos de obesidade, a técnica foi experimentada em 2002 pelo médico canadense Michel Gagner como primeira parte de uma cirurgia bariátrica em duas fases. Mas um grande número de pacientes perdeu cerca de 70% do excesso de peso apenas com a gastrectomia, sem necessidade de passar pela segunda etapa do procedimento. "Acreditava-se que, sem alterar a parte intestinal, a perda de peso não seria tão significativa. Hoje se sabe que sem o fundo do estômago, onde é produzida a grelina, comumente chamada de hormônio da fome, o paciente sente menos vontade de comer e fica mais saciado", diz o cirurgião Ricardo Cohen, que faz operações bariátricas desde 1996 e participou de um estudo com obesos que tinham IMC acima de 50. Entre seus operados havia onze reis momos – hoje, todos bem mais esbeltos. Numa das poucas pesquisas comparativas realizadas até agora, Gustavo Peixoto, professor assistente do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Espírito Santo, operou no ano passado 65 mulheres obesas, 32 por derivação gástrica e 33 por gastrectomia vertical. Os primeiros resultados, um ano depois, indicam que a perda de peso e o controle de doenças como diabetes e hipertensão foram iguais nos dois grupos. A gastrectomia confirmou vantagens em relação à absorção de nutrientes; a derivação gástrica se mostrou mais eficiente na diminuição do mau colesterol e dos triglicérides. "No momento, a gastrectomia é recomendada como plano B, para obesos com doenças do fígado, inflamação intestinal, pancreatite ou anemia – pacientes até então excluídos do tratamento cirúrgico e que finalmente encontraram uma alternativa", diz Peixoto. "Mas tudo indica que a longo prazo ela vai assumir o primeiro lugar de cirurgia bariátrica."






Fonte: veja.abril.com.br

Cirurgia bariátrica é ferramenta importante contra a obesidade

A obesidade é uma das principais doenças em nível mundial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em 2005, 400 milhões de adultos eram obesos e a projeção é de que o número aumente para 700 milhões em 2015. Na busca por se livrar deste mal, a cirurgia bariátrica ganhou uma posição importante, com resultados muito satisfatórios na redução do peso dos pacientes.

Existem três tipos de cirurgia realizadas: as restritivas, cujo principal método é o uso de uma argola entre o esôfago e o estômago; as restritivas com desvio do trânsito intestinal, com diminuição da porção do estômago que entra em contato com a comida; e as bílio-pancreáticas, nas quais se interfere na absorção e não na ingestão dos alimentos. "O procedimento é escolhido com base no Índice de Massa Corpórea e no que o paciente costumar comer", afirma o médico cirurgião do aparelho digestivo, Dr. Carlos Sabbag.

Como toda intervenção cirúrgica, a bariátrica também tem seus riscos e exige muito cuidado, mas o avanço da medicina melhorou bastante esse cenário. A moderna videolaparoscopia é muito menos invasiva que a cirurgia tradicional. A técnica utiliza uma pequena câmera que, introduzida no abdômen, permite ver o interior do organismo. Por isso, apenas pequenos cortes são necessários para possibilitar o trabalho do médico, o que traz muito menos transtornos ao operado, com tempo de internação e recuperação mais curtos.

A preparação para a cirurgia também é muito importante. Sabbag diz que, fora a rotina de pré-operação do paciente (exames, medicamentos, jejum quando necessário, acompanhamento, entre outros pontos), é interessante que ele procure perder peso antes da operação, pois facilita o trabalho do anestesista. A parte psicológica também merece a atenção neste momento, para que a pessoa e a família estejam em condições de enfrentar bem os dias antes de depois da cirurgia.

O pós-operatório costuma ser tranqüilo, principalmente para quem passou pela cirurgia videolaparoscópica. O retorno às atividades diárias pode ser feito entre 10 e 15 dias após a alta, já exercícios físicos mais pesados o período de repouso é de um mês.

O Dr. Carlos Sabbag, explica que por mais eficazes e seguros que sejam os procedimentos cirúrgicos na perda de peso, eles só podem ser utilizados com fins de saúde e não estéticos. "Algumas pessoas procuram especialistas atrás de uma forma de emagrecer mais fácil, quando seu quadro poderia ser resolvido por meio de ações clínicas".



Fonte: www.paranashop.com.br

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cirurgia pode tratar obesidade leve



Conhecida como gastrectomia vertical, técnica não interrompe ligação do estômago com o intestino

FERNANDA BASSETTE

Uma nova técnica cirúrgica de redução de estômago foi regulamentada, depois de um consenso da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica). Na técnica, chamada gastrectomia vertical, o médico retira cerca de 80% do estômago do paciente e o transforma em um tubo contínuo que vai do esôfago até o duodeno, preservando a ligação com o intestino.

De acordo com o cirurgião Marcos Leão Vilas-Boas, vice-presidente da SBCBM, nesses casos, a pessoa perde cerca de 30% do peso e emagrece sem perder nutrientes, pois não há alteração na digestão e os alimentos continuam sendo absorvidos normalmente.

“O paciente sente menos fome, come menos e tem sensação de saciedade. A diferença para as outras técnicas é que a perda de peso é um pouco menor e acontece mais devagar”.

Desenvolvida no Canadá, a gastrectomia vertical é regulamentada no Brasil como a primeira etapa de um procedimento cirúrgico mais complexo em pacientes superobesos, que precisam perder muitos quilos antes de passar pela cirurgia tradicional, conhecida como bypass gástrico.

No bypass, mais de 90% do estômago é separado e grampeado. A digestão também é alterada, pois o estômago que sobra é ligado diretamente ao íleo e há menos absorção de alguns nutrientes. O paciente perde cerca de 40% do peso.

Com o tempo, os canadenses perceberam que fazer apenas a primeira parte da cirurgia nos superobesos proporcionava bons resultados. Daí surgiu a idéia de realizar essa cirurgia como um procedimento isolado em pessoas que querem perder menos peso.

A idéia da SBCBM é que, a partir da regulamentação da técnica, a gastrectomia vertical seja oficialmente recomendada e feita como rotina em pacientes que não são superobesos.

A intenção é aprovar a técnica para pessoas com obesidade de grau 1 (índice de massa corpórea entre 30 e 35, que antes não seria indicação cirúrgica), pacientes com risco cirúrgico elevado por doenças associadas, casos de alterações cirúrgicas necessárias e, por último, para pacientes que preferem fazer essa cirurgia.

Para sustentar a proposta de consenso com as novas indicações e a regulamentação da técnica, o cirurgião Josemberg Marins Campos, professor da Universidade Federal de Pernambuco, fez um levantamento sobre a cirurgia no Brasil.

De acordo com a pesquisa, nos últimos quatro anos, 35 cirurgiões já realizaram, de forma experimental, a gastrectomia vertical em 2.123 pacientes que não eram superobesos.

Desse total, 24% disseram que realizaram a gastrectomia por necessidade no momento da operação (ao descobrir algum problema após o início do procedimento), 18% afirmaram tê-la feito em pacientes com risco elevado para outras cirurgias, 17% a fizeram em pessoas com IMC entre 30 e 35 e 13% seguiram a escolha do paciente.

Como se trata de um procedimento novo, o levantamento nacional não conseguiu avaliar os resultados a longo prazo da cirurgia nos pacientes.

Mas, segundo Campos, apenas 16 médicos relataram ter tido algum tipo de intercorrência após o procedimento. Não houve relato de morte.

A intercorrência mais comum foi o aparecimento de fístola (vazamento por causa do grampeamento do estômago), seguida de refluxo gástrico nos primeiros três meses depois da cirurgia, e da recuperação de parte do peso perdido.

Marcos Leão Vilas-Boas diz que muitos pacientes que procuram a cirurgia não querem perder tanto peso, por isso ela se torna uma boa alternativa.

O endocrinologista Márcio Mancini, presidente da Abeso (Associação Brasileira para Estudos da Obesidade e da Síndrome Metabólica), diz que o procedimento é eficiente, mas teme que aprová-lo para pessoas com IMC igual a 30 seja uma banalização da cirurgia.

Para ele, a indicação cirúrgica nesses casos deve acontecer só para pessoas com outras doenças associadas.

“Uma pessoa com IMC igual a 30 está com 12, 15 quilos acima do peso. É preciso tomar cuidado com a indicação, senão muitas pessoas com esse peso lançarão mão desse artifício para emagrecer rapidamente em vez de fazer dieta e exercícios”.

CIRURGIA BARIÁTRICA

A gastrectomia vertical deve entrar na lista de opções de técnicas de redução de estômago

GASTRECTOMIA VERTICAL

Cerca de 80% do estômago é retirado do organismo. Nessa parte retirada era produzido o hormônio grelina (que estimula o apetite)

A parte do estômago que restou é grampeada e transformada em um tubo contínuo que vai do esôfago até o duodeno, onde os alimentos são absorvidos. Não há mudanças no processo digestivo.

Indicações

Pessoas com obesidade grau 1 (com índice de massa corpórea entre 30 e 35);

Pacientes com risco cirúrgico elevado por causa de doenças associadas;

Mudanças cirúrgicas;

Pacientes que preferem se submeter a esse procedimento dentre os outros disponíveis.

Desvantagem

Os médicos temem que, em dez anos, os pacientes voltem a ganhar peso porque o estômago tende a dilatar.

A técnica mais usada – BYPASS GÁSTRICO

Mais de 90% do estômago é separado do resto e grampeado. O órgão continua no organismo.

O processo digestivo é alterado: o estômago é ligado diretamente ao íleo, impedindo que a comida passe pelo duodeno, onde se iniciaria a sua absorção.

Indicações

Pacientes obesos com índice de massa corpórea maior que 35 (em casos de doenças associadas) ou maior que 40.

Desvantagem

Como há menos absorção de nutrientes, os pacientes precisam fazer reposição vitamínica constantemente.

Bancada dos neomagros

Há uma nova bancada no Congresso: a dos políticos que se submeteram a cirurgias bariátricas - de redução do estômago. A bancada dos neomagros é uma das faces mais visíveis do contingente de 30 000 brasileiros que deixaram as maratonas em spas, as dietas esdrúxulas e as bolas para emagrecer e optaram por um, digamos, posicionamento mais radical diante da realidade calórica. O mais novo integrante dessa bancada é o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), de 58 anos, que se submeteu à intervenção há um mês. Heráclito exibia 1 metro e 30 centímetros de cintura (quarenta centímetros a mais do que o ideal) e sofria de três problemas relacionados à obesidade: hipertensão arterial, glicose elevada e apneia do sono - aquelas interrupções da respiração durante a noite.
VEJA TAMBÉM

REVISTAS ABRIL

MAIS INFORMAÇÕES

O senador piauiense lutou contra a balança por quinze anos. Nesse período, adotou os mais diversos tipos de regimes. "O pior foi a dieta do atum", lembra. "Durante três meses, só comi esse peixe. Não agüento mais nem sentir o cheiro dele", diz. O mais eficiente foi o corte radical de carboidratos e sua substituição por proteínas e gorduras, conforme a receita preconizada pelo médico americano Robert Atkins (que, aliás, morreu fulminado por um infarto). "Cheguei a perder 18 quilos, mas os recuperei de novo, porque não agüentei ficar sem carboidratos", diz. Mas nada foi mais traumático para ele do que a experiência com Xenical.

Nos anos 90, quando ainda era deputado, Heráclito usou o remédio que facilita a eliminação de gordura pelas fezes. "Naquele tempo, eu não podia ter emoções fortes. Vi colegas que não conseguiam se controlar e se sujavam nos corredores da Câmara", diz. Ainda assim, convenhamos, a sujeira é maior agora, quando já não há deputados tomando Xenical. Ele agora está decidido a atropelar na disputa final com a balança. Em 40 dias, perdeu 20 quilos. "Fortes, agora, é só no nome. Vou voltar a ser o gato que eu era na juventude", anuncia. Brasília vai tremer.

Foi no fim do ano passado que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), de 48 anos, recebeu o diagnóstico que o levaria a decidir-se pela cirurgia bariátrica. Como seu quadro de diabetes havia piorado, o médico prescreveu-lhe injeções diárias de insulina. "Vi, então, que estava na hora de operar", diz. O diabetes de Demóstenes data de 1995, mas não havia mudado seus hábitos alimentares. "Eu era um glutão que comia três pamonhas no lanche. Agora, só consigo comer metade de uma pamonha no lugar da refeição", compara.

No Senado, a pioneira da bancada dos neomagros é a aguerrida Ideli Salvatti (PT-SC), de 56 anos. "Fazer a cirurgia foi uma questão de sobrevivência, porque eu já estava no estágio de obesidade mórbida", diz. "Sem a operação, eu não aguentaria os rojões que seguro no Congresso", diz Ideli, chamada de "pit bull do governo".

Desde que se submeteu ao procedimento, em novembro de 2003, a senadora perdeu 40 quilos - quer dizer, 37: três deles voltaram nas eleições de 2008. "Outro dia, tentei em vão levantar a quantidade de peso que perdi em sacos de arroz de cinco quilos cada um. Como eu conseguia carregar aquilo tudo, gente?", pergunta-se. Hoje, Ideli ingere um terço da comida que costumava traçar às refeições. "Passei a me amar muito", afirma. E a ser amada. Bem mais magra, Ideli modernizou o guarda-roupa e passou a namorar um sargento do Exército doze anos mais jovem que ela. Ao lado dele, a danadinha até parece uma lulu!

As cirurgias de redução de estômago só devem ser feitas em pacientes com sérios problemas de obesidade ou de diabetes e que precisam mudar seus hábitos, caso dos parlamentares ouvidos nesta reportagem. "A intervenção só resolve metade do problema. A outra depende de o paciente fazer atividade física regular e se alimentar de forma saudável", diz Thomas Szegö, presidente da Sociedade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. A cirurgia pode até ser perigosa para quem não muda de vida. De acordo com a deputada estadual mineira Gláucia Brandão (PPS), seu marido, o deputado estadual Eduardo Brandão, morreu porque não se adaptou às novas dimensões do estômago operado e continuou a ser desregrado. Em 2005, um infarto o matou aos 47 anos. "Eduardo perdeu 32 quilos, mas continuava comendo gordura e não fazia exercícios", diz Gláucia.

Obesidade provoca pane no sistema de defesa do corpo

A obesidade pode causar o diabetes tipo 2 (resistência à insulina), induzindo uma pane no sistema de defesa do corpo. E drogas antialérgicas podem prevenir e tratar a doença em indivíduos acima do peso, indica uma descoberta simultânea de quatro grupos de pesquisa.

Numa iniciativa conjunta, todos publicaram seus estudos ontem no site na revista "Nature Medicine", revelando o resultado de experimentos feito com camundongos.

No primeiro dos trabalhos, cientistas conseguiram reduzir tanto a obesidade quanto a taxa de diabetes tipo 2 em roedores tratados com cetotifeno e cromoglicato --dois antialérgicos usados para combater a asma. O teste, conduzido por pesquisadores da Escola Médica de Harvard, de Boston (EUA), deve ser repetido em macacos.

"A melhor coisa dessas drogas é que nós já sabemos que elas são seguras para pessoas", afirmou o biomédico Guo-Ping Shi, um dos autores da descoberta. "Resta saber se elas vão funcionar [contra diabetes]".

Não foi à toa que quatro iniciativas diferentes chegaram à mesma conclusão quase ao mesmo tempo. A existência de interação entre o sistema imune e o metabolismo já era conhecida e consta até de livros-texto de medicina. Aquilo que médicos acreditavam ser uma relação muito indireta e complexa, porém, é pintada nos novos estudos como uma interação extremamente próxima.

"Pelo visto, estamos vendo o surgimento de uma nova disciplina: o imunometabolismo", diz Diane Mathis, líder do outro estudo de Harvard.

Além de mostrar a eficácia de medicamentos comuns para prevenir e tratar o diabetes nas cobaias, a importância dos novos estudos é que eles detalham diversos processos moleculares em que a obesidade interage com o diabetes tipo 2.

Diferentemente do tipo 1, na qual o pâncreas é atacado pelo sistema imune, o diabetes tipo 2 ocorre quando células do corpo se tornam avessas à insulina, hormônio produzido no pâncreas usado para processar açúcar. Os estudos que saem agora mostram o lado imunológico do diabetes de tipo 2, que não era totalmente claro.

"É possível que a inflamação causada pelos macrófagos [tipo de glóbulo branco que combate organismos invasores] resulte em resistência à insulina", diz Steven Shoelson, endocrinologista que participou do estudo de Mathis. Inflamações leves, mas crônicas, no tecido adiposo de obesos, seriam então a bomba-relógio do diabetes tipo 2.

O estudo de Shi mostrou que, no tecido adiposo de camundongos obesos, células que atuam no processo de cicatrização parecem provocar inflamações e alergia.

Foi aí que apareceu a ideia de testar as drogas antialérgicas. Os animais que receberam as drogas e entraram numa dieta com exercícios tiveram uma melhora de quase 100%.



Fonte: Folha Online

A Evolução

A pedidos estou colocando minha evolução, é claro que estou mais magrinho pois já se foram 43Kg, só que não estou mais ligando tanto para evolução como no começo. Agora só estou curtindo minha nova vida!

Minha Cirurgia

Ou Clique Aqui se não estiver vendo

terça-feira, 21 de julho de 2009

História de sucesso: dos 118 kg aos 61

Depois de uma cirurgia bariátrica, Tatiana passou a pesar praticamente a metade e ficou irreconhecível




Vladimir Maluf

A mudança de Tatiana Cassola dos Santos é de cair o queixo. Ela, que é encarregada de Serviço de Atendimento ao Cliente, passou por uma cirurgia bariátrica para se livrar do excesso de peso. Hoje, com 31 anos, a moça de 1,65m deixou de pesar 118 kg para ter 61 kg. Quer mais um número que diminuiu? O manequim: era 58. Agora, é 40. Após o nascimento da filha, Tatiana chegou ao extremo. “Engordei demais, devido à depressão pós-parto”, lembra ela que, mesmo antes disso, já sofria com a obesidade. “Sempre lutei contra o peso. Já fiz diversas dietas e tomei muitos remédios, com promessa de milagres. Emagrecia e, um tempo depois, ganhava o dobro.”

Quando engravidou, estava bem acima do peso. No final da gestação, pesava 114 kg e, mesmo depois do parto, Tatiana não emagreceu. “Pelo contrário: engordei mais. O ápice foi quando me olhei no espelho e não me reconheci. Me via em fotos e não acreditava”. O casamento, então, entrou em crise. “Me escondi de todos e de tudo. Quase perdi meu marido por conta da minha agressividade e impaciência. Me sentia perseguida e comecei a ter problemas de saúde”, relata.

Para resolver o problema, Tatiana procurou um médico e realizou todos os exames necessários antes da cirurgia que reduziria seu estômago. “Tinha medo e, ao mesmo tempo, muita determinação. Saí do consultório com uma alegria indescritível: chorei, ri, gritei...”. A ansiedade era imensa, até que o dia 11 de janeiro de 2008 chegou. “Pensei em desistir, mas a torcida era maior” E lá foi ela para o hospital, acompanhada do marido e da mãe.

Após quatro horas de cirurgia e duas horas na recuperação, ela voltou para o quarto. “Estava dopada. Tinha dores insuportáveis nas costas, devido ao tempo deitada e reta – quem é gordinho sabe do que eu to falando”. Os três primeiros dias foram uma tortura. “Dormi praticamente sentada. Sentia muitas dores, como se estivessem enfiando uma faca em mim”.

No dia em que recebeu alta, jurou para si mesmo que nunca mais voltaria a um hospital para fazer nenhum tipo operação que não fosse absolutamente necessária. “Após 13 dias de cirurgia, voltei ao consultório, para tirar os pontos. Já tinha emagrecido 11 kg!”, exclama Tatiana. “Foi a glória!”. Durante os três próximos meses, a alimentação da moça era só líquida. “Eu não tive uma boa aceitação da comida. Por isso, batia tudo no liquidificador”.

Quatro meses depois da operação, ela havia perdido 30 kg. Porém, estacionara. “Me sentia muito mal. Minha menstruação estava toda desregulada e comecei a me sentir estranha. Procurei a minha ginecologista e, adivinhe: estava grávida”. Tatiana entrou em desespero achando que seu sonho de emagrecer iria por água abaixo. “Fiz alguns exames e, outra bomba, eram gêmeos! Ouvi os batimentos cardíacos dos bebês e fiquei feliz e em pânico ao mesmo tempo”. A gravidez era arriscada, afinal, fazia muito pouco tempo que Tatiana havia operado. “Acabei tendo um aborto espontâneo”.

A moça voltou a perder peso e, em dezembro, já eram 50 kg a menos. “Fui às compras de Natal. Entrava em todas as lojas e estava fascinada: as roupas que eu queria tinham o meu tamanho. Nem preciso dizer que gastei além da conta...” Em janeiro de 2009, no aniversário da operação, lá foi ela se pesar. “Estava com 65 kg. Fiquei radiante, mais tinha consciência de que ainda faltava 7 kg”.

Tatiana admite que, atualmente, não faz dieta. “Como de tudo, tudo mesmo, mas da forma correta: várias vezes ao dia”. E a vaidade falou mais alto: a promessa de nunca mais voltar ao hospital caiu por terra. “Não fiz nenhuma plástica, ainda, mas a minha maior vontade é colocar silicone nos seios. E vou colocar”. O marido que ganhou uma esposa nova, agora sofre com o assédio. “Me sinto poderosa! Saio na rua e dou muita risada com os homens babando. Meu marido está perdendo a paciência, pois os homens não respeitam se você está acompanhada. Se te acham bonita, mexem mesmo!”, diz ela, feliz da vida.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cirurgia contra obesidade pode reduzir risco de câncer nas mulheres

PARIS, França (AFP) — A cirurgia contra obesidade, como a colocação de anéis gástricos para reduzir a ingestão calórica, pode estar associada a uma queda de até 42% no risco das mulheres obesas terem um câncer, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira.

A cirurgia para a perda de peso está associada a uma redução consequente, de 42%, dos cânceres nas mulheres, mas não nos homens, assinala o estudo "SOS", disponibilizado na internet pela revista especializada The Lancet Oncology.

O estudo dirigido pelo sueco Lars Sjöström compara 2.010 pessoas obesas operadas com 2.037 obesos que tiveram uma educação alimentar e higiênica sem serem operados. Os pacientes, de idades compreendidas entre os 37 e os 60 anos, foram acompanhados durante uma média de onze anos.

A perda de peso sustentável foi de quase 20 kg em média em dez anos no caso da realização da cirurgia, para 1,3 kg no outro caso.

A cifra de aparecimento de cânceres pela primeira vez nos dois sexos é inferior no grupo dos operados (117) em comparação com o dos não operados (169).

As mulheres submetidas a intervenções cirúrgicas têm muito menos cânceres (79) que as não operadas (130). Esta diferença não aparece no caso dos homens, talvez por serem menor em número no estudo.

A obesidade e o excesso de peso implicam um risco maior de câncer do que se poderia prever, enfatiza a revista. Nos Estados Unidos estes fatores são responsáveis por 14% das mortes por câncer nos homens e 20% nas mulheres.

Para as mulheres, o efeito preventivo do emagrecimento se faz sentir principalmente nos cânceres pós-menopausa, como o de mama e de endométrio, mas sua influência demora mais tempo a ser notada em outros tipos, como o de cólon, reto ou rins, mais comuns nos homens, segundo o especialista britânico Andrew Renehan, da Universidade de Manchester.

Curiosamente, segundo os autores, não existe uma relação direta entre a quantidade de peso perdido e a redução dos cânceres, o que sugere a necessidade de pesquisas complementares.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mitos e verdades sobre redução de estômago

Especialista tira suas dúvidas mais comuns sobre cirurgia bariátrica

Vladimir Maluf - http://beleza.ig.com.br

A cirurgia de redução de estômago para quem está muito acima do peso passou a ser mais comum desde que hospitais públicos passaram a realizar o procedimento e convênios médicos autorizarem a operação. Márcia Jablonka Kelman, que é endocrinologista da Clínica Biodiet, ajuda a tirar as dúvidas mais comuns sobre essa operação.

“A cirurgia bariátrica é uma opção terapêutica indicada por médicos, quando todas as tentativas clínicas e medicamentosas foram infrutíferas”, explica a médica. “Diferentemente do que muitos pensam, a operação não é uma saída mais fácil para emagrecer”. A indicação, portanto, é para a cura da obesidade mórbida e de suas graves consequências, como o aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares, derrame, diabetes, alguns tipos de câncer – como no trato digestivo – e outras.

Quais os maiores riscos?
Os obesos têm, pela própria condição, alterações graves no coração, pressão, diabetes etc, que aumentam o risco cirúrgico. Porém, com uma equipe médica preparada, o índice de mortalidade está entre 1% e 3%. O maior risco está na falta de comprometimento com a cirurgia, como ignorar as ordens médicas. Em outros casos, acontecem complicações inesperadas, acidentes anestésicos, infecções... Por isso que a cirurgia só deve ser feita após avaliação profunda.


É uma operação estética?

Não. A operação é realizada se houver indicação médica. O especialista vai avaliar os riscos e benefícios. Se o paciente tem doenças associadas (como doenças cardíacas graves)

É seguro?
A operação é segura desde que haja uma preparação detalhada antes dela. Pessoas acometidas por alcoolismo ou distúrbios psiquiátricos não estão indicadas. Respeitando as indicações e as contraindicações, torna-se seguro.

O paciente precisa passar por avaliações psicológica?
Sim. O paciente é avaliado pelo médico clínico geral, pelo cirurgião e por um psiquiatra ou psicólogo, para entender como será sua aceitação depois da operação.


A fome continua, mas o operado não consegue comer?

Não. A fome diminui muito, não há sofrimento em relação a isso, pois a vontade de comer é menor e a satisfação com pequenas quantidades também. Agora, o paciente terá que escolher o que comer, pois cabe pouco.

É verdade que o gastroplastizado precisa mastigar muito bem?
Sim. Isso melhora a digestão e a absorção dos alimentos que, na fase pós-operatória, é ainda mais sensível, pela própria cirurgia. No geral, todos devem mastigar bem para ter um bom aproveitamento nutricional dos alimentos e sensação adequada de digestão.


Existem procedimentos mais seguros do que outros?

A cirurgia mais segura atualmente é aquela que envolve a restrição do volume do estômago (para não caber muito) e, também, a alteração no trânsito do intestino, para que se absorva menos gordura e o corpo funcione melhor.


Após a cirurgia, preciso fazer acompanhamento médico?

Sim, para diagnosticar as deficiências vitamínicas resultantes do tratamento e tratá-las, bem como mapear o estado mental, estimular hábitos saudáveis – como atividade física – e fazer medicina preventiva. Apesar da cirurgia, o tratamento da obesidade continua.

Se comer demais, é verdade que a pessoa vomita?
Se comer a mais do que o volume do estômago suporta (que agora é pouco), sim. O estômago, se cheio demais, reage causando náuseas até vomitar, para eliminar o excesso.


É preciso ter cuidado para não emagrecer demais?

E algum momento o organismo se adapta e para de emagrecer (mesmo comendo pouco e fazendo exercícios habituais). É por isso que muitos pacientes deixam de ser superobesos para ter sobrepeso. Raramente, são muito magros.


A pessoa depois da cirurgia pode comer tudo o que quiser ou fará uma dieta?

Seguirá uma dieta para sempre, não só a ingerida por boca, como com suplementação de vitaminas e outros alimentos, pois a ação que diminui a absorção de alimentos pelo corpo não permite a ingestão adequada de nutrientes.

terça-feira, 28 de abril de 2009

A obesidade contribui para o aquecimento global, dizem cientistas

Ter excesso de peso é prejudical ao meio ambiente, assim como à saúde. Pelo
menos, é isso que diz um estudo publicado esta semana pelos investigadores
da escola de Londres no Jornal Internacional da Epidemiologia.

A pesquisa afirma que pessoas com excesso de peso são propensas a emitir mais gás carbônico do que pessoas magras, que consomem mais alimentos
saudáveis e produzem menos combustível.

O estudo responsabilizou ainda uma demanda de consumidores de carne, cotada como responsável por 20% de todos os gases do efeito estufa devido ao
metano tóxico emitido pelas vacas.

O estudo descobriu que as nações "magras", como o Vietnã, consomem quase 20% menos alimentos industrializados e assim, produzem menos carbono que a
população "gorda" dos Estados Unidos, por exemplo, onde 40% do povo sofre com a obesidade.

Os pesquisadores estimam que uma população de um bilhão de magros emitiria 1 milhão de toneladas a menos de dióxido de carbono por ano do que uma
nação de gordos do mesmo tamanho.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Caldo de Feijão - Dieta líquida pastosa(cirurgia bariátrica)


Ingredientes:


1 xícara de chá de feijão cozido
1 xícara de água
1 colher de sobremesa de azeite de oliva
2 dentes de alho descascados e picados
1/2 cebola picada
sal a gosto
1 colher de sopa de tomilho
1 colher de sopa de cebolinha picada
1 colher de salsa picada
Noz-moscada a gosto.

Preparando:

Colocar o feijão junto com os demais ingredientes, à exceção do sachet, no liquidificador e bater até o mesmo estar liquido. Após, peneirar em peneira fina. Em uma panela, colocar o caldo e o sachet d?epices e deixar cozinhando por 10 minutos; se necessário, acrescentar mais água, corrija o sal, acrescente a pitada de noz-moscada e sirva em seguida.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Obesidade na criança e no adolescente

Há cerca de 15 anos nota-se que a prevalência do excesso de peso e obesidade entre crianças e jovens adolescentes vem aumentando de forma assustadora
tanto nos países industrializados como em países emergentes como a China, Rússia, Índia e Brasil, entre outros. Tomando como exemplo os Estados Unidos
observou-se que cerca de 11% dos escolares apresentavam excesso de peso em 1990. Em 2005 este valor passou a ser de 29%.

Curiosamente os países anglo-saxônicos (EUA, Reino Unido e Austrália) são os campões desta estatística de obesidade infanto-juvenil. A definição de
excesso de peso e obesidade é determinada em adultos pelo Índice de Massa Corporal (IMC) o qual é o número obtido da divisão do peso em quilos (kg)
pela altura, em metros, elevada ao quadrado. Todavia a criança e o adolescente crescem e a altura eleva-se a cada 6-12 meses, o que modifica o IMC sem
que haja, necessariamente, excesso de peso ou obesidade.

Para corrigir o fator crescimento estabeleceram-se tabelas com crianças e adolescentes de 2 a 20 anos indicando o IMC para cada idade (facilmente
obtidas no site www.cdc.gov/growthcharts/49). Quando a criança / adolescente está acima de determinado valor do IMC para sua idade dizemos que ela
está com excesso de peso. No caso de ultrapassar os 95% do IMC para sua idade é considerada obesa.

A obesidade tem várias causas

O ser humano possui um complexo mecanismo controlador da Fome e da Saciedade que é estabelecido tanto na vida intrauterina como na fase pós-natal.
Desde que haja aporte de suficiente de alimento na vida fetal este "termostato ou nutrostato" é perfeitamente regulado. Após ingerir comida suficiente
- em qualidade e em quantidade - cessa o estímulo (fome) para continuar a refeição, estimulando-se a saciedade.

Na hipótese da criança, em gestação, receber poucos nutrientes vindos da mãe, passa a regular o seu "nutrostato" para a posição de fome continuamente.
Terá alta probabilidade de ser obesa, na fase pós-nascimento, por ter fome constantemente. Na fase pós-natal o recém-nascido que foi amamentado por
seis meses ou mais tem muito pouca chance de ser obeso comparativamente àqueles que não foram amamentados com leite materno. Fatores genéticos são
importantes.

Muito recentemente verificou-se que boa parte das crianças obesas tem uma alteração em determinado gene (FTO = fator determinante de obesidade), que
leva à fome compulsiva e predileção por alimentos de elevado teor calórico. O meio ambiente, é óbvio, tem um papel muito importante para que o gene se
manifeste. Quando ambos os progenitores são gordos existe no ambiente doméstico uma valorização muito grande do fator "comida", quase sempre de
elevado teor calórico. Frequentemente a família utiliza-se de fast-food, comidas pré-preparadas, refrigerantes, pipocas, salgadinhos, batatas
fritas... Tudo isso acompanhado de horas de TV.

Lanches e salgadinhos na escola

Recente levantamento realizado na cidade de São Paulo mostrou que na maioria das escolas havia uma ampla gama de salgadinhos disponíveis para
escolares, todos ricos em gordura, altamente calóricos em embalagens atraentes. Mas pior ainda: as informações nutricionais das embalagens minimizam o
conteúdo de gordura e de calorias, bem como do sal. Quase todas as embalagens não estavam corretas e não faziam referência à gordura 'Trans",
altamente prejudicial ao nosso organismo e, possivelmente, pior ainda para as crianças.

Por outro lado quase todos os cinemas atraem crianças e adolescentes para o balcão onde saem enormes baldes de pipoca, imensos copos de refrigerantes,
barras de chocolates com nozes, avelãs, etc. Todos estas guloseimas empurram a criança/adolescente à obesidade.

O fator sedentarismo

Há cerca de 30 ou 40 anos, a imensa maioria da garotada corria atrás de balões, jogava bola na rua ou em terrenos baldios, andava de bicicleta,
empinava-se pipas, nadava nas piscinas, nos lagos, nos riachos. Hoje, após as aulas e os deveres escolares, a criança e o adolescente vão direto ao
computador (se tiver), ou à televisão. Os jogos eletrônicos atraem a garotada como mel atrai moscas. Os jogos acoplados à tela fazem com que o
adolescente fique horas e horas sentado, com o gasto energético mínimo.

Os aparelhos portáteis (game-boy, DS, PSP) levam o adolescente a deitar-se no sofá, onde, por horas a fio, afasta-se do mundo, hipnotizado pelo jogo
eletrônico. Existe uma correlação nítida entre ganho de peso e tempo dedicado à televisão/jogos eletrônicos. Quanto maior o número de horas na tela,
maior o ganho de peso.

Consequências da obesidade infanto-juvenil

A mais séria consequência ao excesso de peso na infância e adolescência é a progressiva incidência de obesidade na vida adulta. Estatísticas
demonstram que crianças e adolescentes obesos serão candidatos à obesidade na vida adulta em proporção superior a 50%, isto é, cerca de metade dos
obesos infanto-juvenis terão que lutar contra o excesso de peso durante a vida adulta.


Além disso, as crianças e adolescentes que ultrapassam a barreira de um Índice de Massa Corporal superior a 95% são considerados como candidatos às
mesmas comorbidades que os adultos - alterações nas articulações (principalmente joelho e coluna), pedras na vesícula, alterações nas gorduras do
sangue (colesterol elevado, HDL-colesterol (colesterol bom)) baixo e propensão para doenças coronarianas em idade relativamente jovem (30 - 40 anos).

O tratamento deve ter a cooperação da família

O princípio fundamental é a mudança do estilo de vida: dedicar menos horas ao lazer sedentário e, pelo menos, uma hora por dia ao exercício aeróbico.
Os gordinhos não gostam de Academia de um modo geral. A figura do pai é fundamental nesta parte do tratamento. O pai é que deve estimular o filho a
acompanhá-lo em caminhadas, em dar umas voltas de bicicleta, em nadar no clube. Para as meninas nada melhor que ouvir música no Ipod e dançar sozinha,
em seu quarto, ao balanço da música, fazendo sua coreografia, jogando braços e pernas ao ritmo da música, pensando em estar no palco, participando de
um show.

A dieta ainda considerada melhor é a supressão dos carboidratos de alto índice glicêmico (doces, sorvetes, chocolates, arroz branco, pão branco, etc).
Usar mais pão integral, arroz integral, legumes, verduras, saladas. Muita proteína (carne, peixe, frango, queijos, ovos) e NUNCA pular refeições.
Fugir dos salgadinhos e dos lanches da escola, da pipoca, dos refrigerantes.

Ter o apoio do médico (ou da nutricionista) constante e frequente. Alguns medicamentos podem ajudar a partir dos 12 anos de idade. A ansiedade por
comer pode ser controlada. Com todos da família ajudando e o médico orientando existe ampla possibilidade de êxito nesta terapêutica comunitária.

Fonte: Veja

Obesidade e dietas: uma difícil escolha

Não existe uma só modalidade de excesso de peso ponderal, ou seja, obesidade. Devemos sempre falar em "obesidades" no plural, porque, sem dúvida, leve
ganho de peso da adolescente que brigou com o namorado e comeu uns quilos de chocolate a mais (à guisa do consolo) nada tem a ver com o insaciável
obeso, cujo excesso de peso vem da infância, progrediu pela adolescência e ganhou força de obeso mórbido (ou grau III) ao redor dos 30-40 anos.
Obviamente a adolescente, que brigou com o namorado em breve terá novos amores e vai baixar ao peso normal enquanto o robusto obeso grau III irá lutar
toda sua vida para tentar baixar o peso, com alguns sucessos, mas muitos fracassos, passando a ser o tipo gangorra ou sanfona que
engorda-emagrece-engorda.

A ciência genética indica que este exemplo de obeso tem enorme probabilidade de estar ligado a vários genes que induzem obesidade. A maior recente
descoberta neste controverso campo de pesquisa é que o gene FIO (fator de indução de obesidade) quando modificado, gera uma vontade enorme de comer
quantidades enormes de alimentos altamente calóricos (bolo de chocolate com calda) e de beliscar a toda hora, principalmente à noite.

Muitas dietas e poucos resultados

Em artigo publicado recentemente, em importante revista médica, os autores estudaram os resultados de quatro diferentes dietas em 881 obesos,
altamente motivados, inteligentes, cultos indivíduos que recebiam instruções mensais sobre nutrição - em grupos ou individualmente. Eles tinham acesso
aos médicos e nutricionistas para esclarecer dúvidas e aprender os fundamentos científicos da composição dos alimentos e das bebidas que lhes eram
oferecidas. As dietas foram, basicamente, de quatro tipos: baixa em carboidratos, ricas em proteínas, baixa de gorduras, e as chamadas balanceadas.

Ao fim de seis meses todos os participantes tinham perdido 6 kg (não importando a dieta), mas ao fim de um ano começaram a ganhar peso. Ao fim de dois
anos os gordinhos tinham uma perda ponderal de apenas 4 kg. Os autores do trabalho concluíram que qualquer que seja a dieta a perda de peso é a mesma
e relativamente irrisória. Não concordo em nada com esta conclusão apressada e aparentemente pouco lógica. É importante, adaptar a dieta ao obeso, é
essencial a participação do médico, é crucial a mudança do estilo de vida (sedentarismo).

Centenas de dietas vêm sendo propostas

Aproximadamente 20 ou 30 anos atrás, nos EUA, iniciou-se um período de verdadeira "neurose quanto as gorduras" por se julgar que toda a culpa das
coronariopatias era devido ao elevado consumo de gordura animal.

Louvava-se os óleos vegetais poli-insaturados, abolia-se a manteiga, satanizava-se os ovos. Foi a época das dietas com elevado teor de Carboidratos
(pães, massas, batatas) devido ao fato de se acreditar que as calorias dos farináceos eram menos "engordativas" que as fornecidas pelos presuntos,
bacon, linguiças, carnes gordas, etc.

Nos anos 70 o popular Dr. Atkins lançou a dieta que se contrapunha a todos os preceitos da época: muita gordura, ovos fritos com bacon, queijos em
profusão, presuntos, etc., e nada de carboidratos. Os gordinhos deliravam, pois comiam do bom e do melhor e perdiam muito peso pelo fato de,
rapidamente, entrarem em estado de "cetose", isto é, substâncias derivadas do metabolismo de gordura que dão um hálito peculiar que lembra a acetona.

Mais recentemente surgiu com grande êxito a dieta das proteínas em que se estabelece "sinal verde" para proteínas animais (carnes, aves, peixes,
queijos magros, ovos) e reduz a ingestão de carboidratos de alto índice glicêmico -- os que viram rapidamente açúcar no corpo humano. Nestes últimos
12 meses, vimos publicados artigos defendendo a dieta de proteínas, a dieta do Mediterrâneo e a dieta balanceada.

O fato é que os obesos NÃO são iguais sob o ponto de vista metabólico. Na mesma dieta alguns perdem mais peso que outros. Quando existe uma profunda e
excelente relação médico-paciente o resultado é sempre melhor. O que se pode concluir deste estudo de dois anos é que os fatores comportamentais são
mais importantes que alterações em carboidratos, gorduras ou proteínas.

A incapacidade de pessoas obesas, que são voluntárias a participar destes estudos a longo prazo (dois anos), é algo próprio da condição humana:
ninguém aguenta ficar dois anos em disciplina alimentar severa e restritiva, mesmo com permanente assistência médica, psicológica e nutricional. Neste
ponto pergunta-se: qual a solução para a enorme crise de Obesidade (sempre crescente) que assola o planeta?

Uma cidade do sul da França talvez tenha a solução

Nesta pequena cidade francesa notou-se que os escolares estavam se tornando obesos, isto é, cerca de 18% das crianças eram bem gordinhas. Deliberou-se
que toda a comunidade deveria tomar parte em um projeto para resolver o problema. Portanto, o prefeito. como os donos de lojas, os professores, donos
de farmácia e de restaurantes, associações esportivas, o jornal e rádio locais, médicos, enfermeiras e nutricionistas, TODOS se empenhariam no
sentido de motivar as crianças a perder peso e a ter um programa de exercícios.

A cidade construiu mais centros poli esportivos, indicou itinerários para caminhadas e contratou vários instrutores de esportes variados. As famílias
fizeram concursos de cozinha mais leve e dietética e fizeram rodízio de crianças para almoço e jantar.

Após três anos o índice de obesidade infantil decresceu para 8% (comparativamente a uma comunidade vizinha onde a obesidade infantil permanecia em
17%). O sucesso desta ação comunitária foi tão grande que hoje cerca de 200 cidades europeias estão seguindo o mesmo modelo. A conclusão é que muitas
vezes a obesidade não pode ser resolvida individualmente, mas necessita apoio comunitário - uma medida, mais importante, creio eu, que o tipo de
DIETA.

Fonte: Veja

Cirurgia bariátrica e hormônio de crescimento



Há mais de vinte anos os cirurgiões ligados a especialidade de gastro-enterologia tiveram a ideia de reduzir o volume do estômago com a finalidade de diminuir o peso corporal de indivíduos com grande excesso ponderal. De uma forma arbitrária, mas que se tornou uma regra, a chamada cirurgia bariátrica é indicada somente para obesos com índice de massa corporal (IMC) superior a 40 ( IMC = o peso do paciente em quilos dividido pela altura em metros ao quadrado). Sabe-se que os obesos com mais de 40 kg/m² têm perspectivas de várias doenças concomitantes em futuro próximo.

Por exemplo, estes obesos terão (ou já têm) pressão alta, que necessita medicação constante, problemas de diabetes tipo 2, insulina muito elevada na circulação (levando a quadro de resistência à ação da insulina), muita gordura no fígado (esteatose hepática), tendência à insuficiência das artérias do coração (doença coronariana), depósito de colesterol nas artérias em geral e em artérias do sistema nervoso central, em particular, com alto risco para acidente vascular cerebral.

Além de todos estes problemas de saúde o obeso mórbido tem dificuldade de locomoção por artrose nos joelhos e dores na coluna lombar, o que o faz ser muito sedentário (e cada vez mais gordo).

Os tratamentos clínicos nem sempre dão resultados

O obeso sempre procura, por vontade própria, o auxílio médico para resolver o seu enorme problema. Mas, infelizmente, quando a obesidade chega a nível superior a 40, parece que o "fomestato" - ou o mecanismo que controla fome e saciedade, está "quebrado'. Apesar de tentar seguir o regime, de se privar do que gosta, de ver passar à sua frente os doces, sorvetes, chocolates, pizzas e macarronadas, churrascos com os amigos, festas de aniversário, comemorações de formatura, banquetes de casamento, etc., o obeso, mesmo medicado, tem perda de peso inicial (muito elogiada por todos), mas logo volta a ganhar peso.

E o que é pior: ganha peso em valor superior do precedente do início da dieta. Após 4 ou 5 tentativas de corrigir o grande excesso de peso vem o desânimo "eu não tenho jeito mesmo!". Muitas vezes o fator genético é importante e atua no sentido de acumular gordura, em grau crescente.
Várias são as modalidades de cirurgia bariátrica

Diante deste quadro, o obeso passa a pensar na "operação de redução do estômago". Informa-se com seu clínico geral, conversa com pacientes que já foram operados, ouve a opinião da família e procura o cirurgião que lhe foi indicado. Nesta consulta fica sabendo que existem várias modalidades de operação. A mais simples é colocar um balão no estômago, mas as reações colaterais, os insucessos, a azia permanente logo afastam esta modalidade. Pode-se apenas reduzir o estômago (de 150 ml para 20-30 ml) por cirurgia laparoscópica.

As cirurgias mais eficientes, quanto à perda de peso, são as que reduzem o estômago e, ao mesmo tempo encurtam o intestino, levando uma alça intestinal à pequena cavidade gástrica. É a cirurgia chamada Capella. Neste tipo de ato cirúrgico, além do obeso comer muito menos (a cavidade gástrica é muito pequena), parte do alimento ingerido não é absorvido, pois com intestino menor, os nutrientes são excretados apenas parcialmente digeridos.

Com este tipo de cirurgia pode-se deixar de absorver elementos importantes como Ferro, Magnésio, Cálcio, Vitamina B12, Ácido Fólico entre outros. Mas o problema maior é que a cirurgia bariátrica leva a estado de deficiência calórica, isto é, o que se come é muito menos do que se gasta. Segue-se perda expressiva de peso. Mas o corpo queima tanto a gordura acumulada como o tecido nobre - protéina (o que é totalmente indesejável).

O tratamento com hormônio de crescimento

O hormônio de crescimento (GH) possui qualidades que podem ser utilizadas em obesos, em fase de perda ponderal. Primeiro porque o obeso grau III, frequentemente, apresenta menor secreção deste importante hormônio. Segundo porque o GH é hormônio de efeitos anabólicos conserva a massa muscular e promove a "queima de gordura".
Um grupo de pesquisadores decidiu estudar o efeito benéfico do GH após cirurgia bariátrica em 24 mulheres obesas. Após a cirurgia metade das pacientes (grupo A) recebeu 0,5 mg de GH em dias alternados, enquanto o restante (12 mulheres, grupo B) recebeu placedo. Notou-se que os que estavam sob ação de hormônio de crescimento apresentavam maior perda de gordura e menor perda de massa proteica (massa magra). Ambos os grupos A e B perderam o mesmo peso em 3 e 6 meses. Ao fim deste período o grupo A, tratado com GH, apresentava maior massa muscular e menor grau de tecido adiposo graças às qualidades anabólicas e lipolíticas do GH.

Esta modalidade de terapêutica com GH apenas está se iniciando, mas oferece perspectivas excelentes para o obeso que se propõe a fazer cirurgia bariátrica, levando a melhores condições de composição corporal, qualidade de vida e capacidade energética.

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/nutricao-homo-obesus

MPF/SE GARANTE SUPLEMENTOS ALIMENTARES

O Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE), pela procuradora Regional dos Direitos do Cidadão Gicelma Santos do Nascimento, obteve medida liminar para que a União, o Estado de Sergipe e os municípios de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Itabaiana e Santa Luzia do Itanhy forneçam, de forma solidária, gratuita e ininterrupta, suplementos proteicos e vitamínicos necessários a pacientes portadores de obesidade mórbida no pós-operatório da cirurgia bariátrica feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A ação foi originada de procedimento administrativo instaurado pelo MPF/SE para apurar a negativa do Centro de Atenção à Saúde (Case) quanto à dispensação dos compostos alimentares a um grupo de pacientes, residentes nos nesses municípios, que tinham se submetido a cirurgia bariátrica. Conforme relatórios médicos existentes no procedimento, as medicações são imprescindíveis porque a necessidade de proteínas dos pacientes não está sendo suprida pela alimentação e, por isso, necessitam de suplementos para evitar carências nutricionais.
Na decisão, foi ressaltado pelo juiz federal Fernando Stefaniu que a cirurgia bariátrica não se trata de um procedimento cirúrgico de cunho estético, mas sim de um método eficaz indicado a pacientes que sofrem de obesidade mórbida, a fim de lhes proporcionar uma melhor qualidade de vida, vez que o referido tipo de obesidade proporciona uma série de doenças, como a diabetes e a hipertensão.
O magistrado também reconheceu que somente viabilizar a cirurgia não é suficiente ao atingimento dessa finalidade visada pelas políticas de saúde pública, sendo, portanto, necessário garantir a continuidade do tratamento com a dispensação dos complementos alimentares requeridos.
A decisão foi proferida nos autos da Ação Civil Pública nº 2009.85.00.000457-8 e por ela também serão beneficiados todos os demais pacientes do SUS em Sergipe que comprovem a necessidade de fazer uso dos suplementos.

Fonte: http://www.faxaju.com.br

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Redução de estômago reduz impotência sexual ligada à obesidade

A impotência sexual que comumente ocorre em homens muito obesos pode
melhorar com a cirurgia de redução de estômago, segundo estudo publicado no
Journal of the American College of Surgeons.

Avaliando 97 obesos mórbidos que sofriam de disfunção sexual, pesquisadores
americanos notaram que, após uma perda de peso significativa (2/3 do
excesso de peso, em média) com a cirurgia de redução de estômago, os
participantes apresentavam melhoras consideráveis na função sexual.

Os autores destacam que os obesos mórbidos têm o mesmo grau de disfunção
sexual de um homem não-obeso que têm 20 anos a mais; mas "a função sexual
melhora substancialmente após a cirurgia de gastroplastia".

Os especialistas pretendem, agora, avaliar a função sexual feminina e
investigar os mecanismos da disfunção sexual relacionada à obesidade.

Fonte: boa saúde blog

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Dicas de nutricionista

A nutricionista de Marcus, Sabrina Formolo, de Caxias do Sul, está
colaborando com o blog. No texto abaixo, ela explica a importância dos
cuidados com a alimentação após a cirurgia bariátrica.

"O acompanhamento pré e pós-operatório associa o suporte psicológico e nutricional e são fundamentais para o sucesso a longo prazo. O trabalho
multiprofissional tem por objetivo conduzir o paciente ao encontro do seu bem estar físico e emocional. A cirurgia tem ser entendida apenas uma etapa
importante ou uma ferramenta e não como a essência do tratamento da obesidade.

A cirurgia bariátrica não modifica a vontade de comer nem a quantidade a que o paciente estava acostumado a se servir, portanto a compreensão das
mudanças que ocorrerão nas rotinas e vida só é atingida pelo o trabalho de esclarecimento e conscientização. Para a nutrição a cirurgia bariátrica
nada mais é que uma desnutrição programada, então é essencial o comprometimento do paciente na escolha dos alimentos para prevenção das carências
nutricionais. E para tanto, a rigorosa seleção dos alimentos é indispensál para o sucesso do seu tratamento.

Para que a perda de peso seja equilibrada e efetiva não somente a escolha alimentar (alimentos que contenham nutrientes adequados) se faz necessária,
mas também atividade física deve ser mais um passo em direção a uma nova postura. Então devemos ver a cirurgia como uma nova oportunidade para
incorporar novos hábitos de vida.

Em uma técnica mista como no caso do Bay Pass Gástrico (restrição e disabsorção) a principal mudança na alimentação após a cirurgia é uma diminuição
importante na quantidade de alimentos devido à diminuição do volume gástrico (restrição). Além da diminuição do estômago, é feita uma conexão direta
entre o estômago e a parte mais baixa do intestino delgado, com isso diminui a absorção de parte do alimento ingerido. Assim como o alimento, também
temos diminuído a absorção para algumas vitaminas e minerais específicos. Por isso, o pouco de alimento que estamos ofertando para o organismo tem que
ser de alta qualidade para que possamos absorver o máximo de nutrientes por meio de alimentos."

Número de obesos ultrapassa o de pessoas com sobrepeso

O número de adultos americanos obesos já ultrapassa o daqueles que estão
simplesmente com sobrepeso.

Segundo os últimos dados divulgados pelo NCHS (National Center for Health Statistics), dos EUA, mais de 34% da população adulta é obesa, enquanto
32,7% estão acima do peso. Pouco menos de 6% são considerados 'extremamente' obesos.

Os números, os mais recentes disponíveis, são de 2005 e 2006 e se baseiam em uma pesquisa feita com 4.356 pessoas com mais de 20 anos de idade.

De acordo com o relatório do NCHS, enquanto a prevalência de obesidade mais do que dobrou desde 1980, a de sobrepeso se manteve estável. O órgão
afirma que o índice encontrado de um terço de adultos obesos corresponde a mais de 72 milhões de pessoas.

A obesidade e o sobrepeso foram calculados usando o IMC (índice de massa corporal), resultado do peso em quilos dividido pela altura em metros ao
quadrado.

Pessoas com IMC de 25 a 29 são classificadas como acima do peso, enquanto as que atingem de 30 a 40 são obesas. Quem ultrapassa os 40 pontos de IMC é
considerado obeso mórbido.

O sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de doenças cardíacas, diabetes, artrite e outros problemas.

Pesquisa reforça papel de gene 'vilão' da obesidade

Uma nova pesquisa realizada por cientistas britânicos reforça o papel de um
gene, o FTO, como o "vilão" da obesidade.

No estudo, divulgado na publicação científica Journal of Obesity, os cientistas ofereceram a 131 crianças com idade de quatro ou cinco anos um prato
de biscoitos salgados e doces uma hora depois de uma refeição completa.

Os resultados indicam que as crianças com uma ou duas variantes do FTO eram mais propensas a comer os biscoitos, apesar de possivelmente estarem
saciadas pelos alimentos ingeridos na refeição.

"Acreditamos que nossa pesquisa esclarece um pouco mais sobre como algumas crianças respondem melhor aos sinais dados pelo corpo quando já estão
saciadas", disse Jane Wardle, autora do estudo.

Segundo ela, a pesquisa sugere que algumas crianças não sabem quando parar de comer, o que pode levar à obesidade e causar problemas de saúde.

"Saber mais sobre os genes é o primeiro passo para reduzir esses efeitos negativos", afirmou.

Saúde

Os pesquisadores da University College (UCL), em Londres, já realizaram antes estudos sobre a relação entre o gene e a obesidade.

Em uma pesquisa publicada em julho de 2008, os cientistas sugeriram que crianças com duas cópias do FTO têm mais dificuldades de saber a hora de parar
de comer.

Além disso, em novembro, pesquisadores da Universidade de Dundee, na Escócia, publicaram um estudo no qual indicam que uma variante do gene que está
presente em 63% da população influencia os hábitos alimentares de uma pessoa fazendo com que ela consuma alimentos mais calóricos.

A obesidade está relacionada a diversos problemas de saúde, como doenças cardíacas, diabetes e vários tipos de câncer.

Estimativas sugerem que cerca de 25% das mortes causadas por câncer são relacionadas à obesidade e a dietas pobres.

Sara Hiom, porta-voz da ONG britânica Cancer Research UK, que trabalha com pesquisas sobre a doença, alerta, no entanto, que nem todas as crianças que
possuem uma ou duas variantes do gene FTO irão comer em excesso.

"Outros fatores são importantes também, como os hábitos alimentares dois pais e o tipo de comida disponível em casa", disse.